APU promove debate sobre programas institucionais e saneamento em comunidades isoladas

Projetos que estão ajudando a solucionar os problemas do saneamento rural e suas interfaces socioambientais, em âmbito estadual, foram focos das apresentações dos palestrantes.

Por Comunicação APU

A Associação dos Profissionais Universitários da Sabesp – APU reuniu, nesta quarta-feira, 09 de março, especialistas em uma roda de conversa online para debater o tema “Programas Institucionais e o Saneamento em comunidades isoladas”. O evento foi realizado em parceria com o G9 – grupo de 9 mulheres especialistas em saneamento e qualidade de vida, visando à gestão compartilhada com associações comunitárias de quilombos na região do Vale do Ribeira/SP para garantir a operação e a manutenção de infraestruturas e contribuir com a ampliação gradual da universalização do saneamento.

Contribuir com a ampliação gradual da universalização do saneamento.grupo de 9 mulheres especialistas em saneamento e qualidade de vida, responsáveis pelo projeto piloto de saneamento em  G9 visa à gestão compartilhada com associações comunitárias de quilombos na região do Vale do Ribeira/SP, visando garantir a operação e a manutenção de infraestruturas de saneamento e contribuir com a ampliação gradual da universalização do saneamento. Contribuir com a ampliação gradual da universalização do saneamento.

e está disponível no canal da Associação no YouTube.

Muitos programas, articulações, planos, projetos, ações previstas e realizadas, por entidades convidadas a participarem da Roda de Conversa APU são desconhecidas por muitos profissionais envolvidos no setor. “Este webinar é uma oportunidade de apresentar, informar e disseminar os processos em andamento que podem beneficiar e melhorar a saúde e bem-estar de muitos moradores de comunidades isoladas”, destacou Edson Soares, presidente da APU, na abertura do evento.

A discussão foi moderada por Francisca Adalgisa da Silva, diretora de Projetos da APU. Ela citou que, apesar do saneamento rural estar sempre em debate no Brasil, ainda existe uma deficiência de atendimento à população. “Os dados mostram cerca de 100 milhões de brasileiros sem esgoto, 105 milhões sem água tratada e entre esses números a maioria é composta por populações pobres periféricas e que moram em comunidades com perfil majoritariamente rural, o que é um desafio para o país tendo em vista o novo marco regulatório do saneamento”, pontuou.

Para contribuir com o debate foram convidados Diogo Sarmento de Azevedo Lessa, assistente técnico da coordenadoria de Saneamento da Secretaria de Infraestrutura e Meio ambiente do Estado de São Paulo (SIMA/SP); Dayany Schoescher Salati, coordenadora do Núcleo Intersetorial de Cooperação Técnica da Superintendência Estadual de São Paulo – Fundação Nacional da Saúde – Funasa/Suest; Rodrigo José Silva Aguiar, gerente da APA Quilombo Médio Ribeira da Fundação Florestal, vinculada à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente; Andrea Aparecida Prestes João, assessora especial de Quilombos da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP), vinculada à Secretaria da Justiça e Cidadania; e Juliana Aparecida Ribeiro, agente administrativo do Ministério da Saúde / SESAI / DSEI LSul.

Os especialistas discorreram sobre a importância das infraestruturas de saneamento para atender a população isolada com mais celeridade e eficiência, os desafios para desenvolvimento de trabalhos mais coordenados e estratégicos no âmbito estadual. Além disso, destacaram a conexão com questões, como resíduos sólidos, políticas públicas, gestão social, investimentos, tecnologias e capacitação. O debate também mostrou que mapeamento ordenado das informações sobre saneamento rural ainda é uma lacuna no Brasil.

Diogo Lessa, por exemplo, falou sobre o tema “PESB e Programa Água é Vida” e explicou como a SIMA/SP tem desenvolvido esse trabalho seguindo algumas diretrizes, inclusive, de acordo com o processo do Plano Estadual de Saneamento Básico, com detalhes sobre os eixos que compõem o Programa Água é Vida. “Estamos aqui, num ambiente que nos proporciona atuar na estruturação de programas, também de discutir os já existentes e quais as formas de subsidiar infraestruturas de saneamento para essa população isolada”, comentou.

Dayany Salati abordou o Cadastramento do Saneamento Rural – Programa Brasil Rural – Contrato em execução /Fundação Vanzolini”. Ela apresentou as frentes nas quais a Funasa atua no âmbito do saneamento básico e como auxilia as comunidades isoladas através do Programa Saneamento Brasil Rural, seus objetivos e estratégias.

Ao mostrar as “Ações da Fundação Florestal e Financiamentos para o Saneamento em áreas preservadas”, com foco especialmente na APA dos Quilombos do Médio, Ribeira, Rodrigo José Silva Aguiar ressaltou a importância do webinar da APU para trazer à luz as questões que permeiam o setor de saneamento rural. “É um tema que precisamos avançar mais. Todas as participações contribuem para que aprendamos muito sobre o tema”, afirmou.

Com destaque para as diretrizes legislativas, especialmente aplicadas em territórios quilombolas, Andrea Prestes discorreu sobre o tema “ITESP e as articulações para beneficiar o saneamento”, mostrando os programas da instituição que é vinculada à Secretaria da Justiça e Cidadania, para regularização fundiária, assistência técnica, entre outras iniciativas. “Nossa experiência mostra que é importante atender os anseios de cada comunidade quilombola para que possamos empregar a melhor política pública para cada uma sem sair do modo de vida tradicional dessas comunidades”, ressaltou.

E a palestrante Juliana Ribeiro destacou o “Saneamento em comunidades Indígenas – Modelos de atendimento”, explicando a estruturação do trabalho para dar assistência às comunidades, os desafios existentes e articulações desenvolvidas para melhor encaminhamento das ações.

Assista à transmissão completa no canal da APU no YouTube (clique aqui).

 

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