Eleições 2022: APU promove debate sobre o saneamento na perspectiva dos candidatos ao Governo de São Paulo

O evento teve como finalidade apresentar e debater – com seu quadro associativo, a comunidade sabespiana e a sociedade – as propostas para o saneamento paulista e a Sabesp dos principais candidatos ao cargo de governador do estado, em sintonia com o papel da APU na proposição de modelos de gestão para a Sabesp e o Saneamento 

A Associação dos Profissionais Universitários da Sabesp – APU promoveu nesta quinta-feira, 22 de setembro, no formato online o Painel “O Saneamento na Perspectiva dos Candidatos ao Governo de São Paulo”. Para o debate, a APU convidou os candidatos que ocupam as três primeiras posições em todas as pesquisas de intenção de voto realizadas na primeira quinzena de setembro de 2022: Fernando Haddad (PT), Tarcísio de Freitas (REP) e Rodrigo Garcia (PSDB).

Com esta iniciativa, a APU objetivou apresentar e debater – com seu quadro associativo, a comunidade sabespiana e a sociedade – as propostas para o saneamento paulista e a Sabesp dos principais candidatos ao cargo de governador do estado de São Paulo, em sintonia com o papel da APU na proposição de modelos de gestão para a Sabesp e o Saneamento.

Representando o candidato Fernando Haddad, participou o deputado estadual Emídio de Souza. Os outros dois candidatos convidados não participaram nem enviaram representantes.

A abertura do debate foi feita pelo presidente da APU, Edson Soares, e a moderação foi realizada pelo diretor de Relações Institucionais da entidade, Amauri Pollachi.

“Eu acho muito importante a existência desse debate. Lamento a ausência de representantes das demais candidaturas, mas o Fernando Haddad pediu que eu viesse para transmitir a vocês o que nós pensamos e como pretendemos tocar esta questão do Saneamento no Estado de São Paulo”, afirmou Emídio, na ocasião.

Segundo o representante do candidato do PT, a proposta para o setor foi feita após consulta com especialistas da área de Saneamento, considerando o registro de experiências bem-sucedidas no Brasil e no mundo.

“Nós partimos do pressuposto e objetivo de toda a proposta: a universalização do acesso à água e ao esgotamento sanitário, inclusive por uma questão de saúde pública, que todos sabem que são duas coisas que estão ligadas. Tudo o que nós pensamos foi baseado nesta ideia de universalizar o acesso à água e esgoto”, disse também Emídio.

Neste contexto, entre as propostas citadas, estão: a integração do saneamento básico no processo de planejamento urbano e metropolitano; revitalização de áreas que já contam com o serviço de saneamento; manter a Sabesp como empresa pública e não vender mais nenhuma ação; e ampliar a capacidade técnica da companhia.

O representante de Haddad também citou outras medidas propostas: remodelar a política de regionalização do saneamento e fazê-la com transparência total; estruturar e reforçar o papel da Sabesp no enfrentamento à crise climática para avançar no combate às perdas da eficiência na distribuição, além do uso responsável da água; e atuar preventivamente quanto a situações de escassez de água.

Emídio também reforçou a importância de investir na fiscalização, proteção e recuperação de mananciais, mesmo que não seja um papel somente da Sabesp. Outro ponto citado é o cuidado com as águas subterrâneas, que deve ser reforçado, com programas de uso racional da água, segundo a proposta trazida pelo representante.

Debate

Participaram como debatedores Ronaldo Coppa, conselheiro eleito por funcionários para o Conselho de Administração da Sabesp; José Faggian, presidente do Sintaema-SP; e Francisca Adalgisa da Silva, conselheira eleita pelos funcionários para o Conselho Deliberativo da Sabesprev.

A primeira questão da discussão, trazida por Ronaldo Coppa, foi sobre os desafios da regularização de áreas ocupadas por comunidades de baixa renda. Sobre o tema, Emídio reforçou que a Sabesp não será privatizada e que é preciso investir nesta área, sobretudo com a união de esforços entre recursos do Estado e do Governo Federal.

Em seguida, José Faggian fez um questionamento sobre ampliação e valorização dos trabalhadores da Sabesp. A resposta de Emídio foi na linha de realização de novos concursos públicos, em vez de contratação temporária e terceirização indiscriminada. Contudo, não foram apresentadas propostas salariais específicas, mas ficou sinalizado que haverá diálogo amplo com o sindicato da categoria.

Na sequência, Francisca afirmou que há um projeto de lei para 2026 que determina um prazo em que a Sabesp poderá ou não continuar existindo. Portanto, ela questiona se haverá articulação para que isso não ocorra. Sobre este ponto, Emídio afirmou que, caso Haddad ganhe a eleição, fará uma articulação para rever esta cláusula.

Por fim, foram feitas questões trazidas pelos comentários dos espectadores. Os temas foram terceirização, defesa da água, geração de emprego, fundos de pensão e sistema de governança da Sabesp.

Os posicionamentos trazidos por Emídio foram na linha de priorizar a contratação direta, proteger mananciais, recriar a Secretaria de Meio Ambiente do Estado e criar o Comitê de Combate à Crise Climática, e reforçar o incentivo ao cooperativismo, entre outros pontos.

O evento foi transmitido pelo canal da entidade no YouTube e pelo Facebook e pelas redes sociais do Sintaema-SP. Para assistir ao evento na íntegra, clique aqui.

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A Associação dos Profissionais Universitários da SABESP visa representar os trabalhadores do setor de saneamento, bem como ser uma ponte entre o setor e a sociedade.

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